sábado, 7 de janeiro de 2017

La Paz - Chacaltaya e Vale Da Lua - Bolívia

Cheguei em La Paz cedinho e marcando 6ºC, maior cidade da Bolívia, localizada a 3660 metros de altitude e mais de 2 milhões de habitantes. Havia reservado um hostel chamado Adventure pelo aplicativo Booking, algo em torno de 50 Bs a diária. Peguei um Taxista que meteu a faca em mim, afinal o hostel era na rua de baixo da rodoviária e ele cobrou 12 Bs. Fiz check-in, tomei um banho e dormi. Não havia nenhum brasileiro por lá. Tive que me virar. 

Após dormir e ter descansado um pouco, fui passear pela cidade, fazer um câmbio e pesquisar os preços dos passeios. O melhor câmbio que peguei na Bolívia foi em uma salinha no centro, abaixo da igreja San Francisco. R$1,00 a Bs1,77 Aproveitei e fui na igreja San Francisco. Era super enorme, fiquei encantado. Tudo muito grande. Foi 20 Bs. Subi nos sinos e pude ver as telhas das casas, e em alguns lugares parecia um amontoado de casas entre morros, tipo uma favela mesmo, mas bem legal.



Andei de bondinho, ja que como é montanha, para chegar em partes mais altas, o transporte principal é o bondinho. Existem três diferentes bondinhos na cidade, e fui apenas no vermelho. Na parte da tarde esfriou bastante. Comi umas batatinhas fritas no centro, bebi bastante água, balas de coca, e fechei pacote para conhecer Chacaltaya e Valle de la Luna na manhã seguinte. Não lembro o preço, nem a empresa. Bati perna na cidade, entrei em mercados, lojinhas, quase comprei um violão. Não senti nenhum mal da altitude nesse dia, e mascava folha de coca o tempo inteiro, estava ficando enjoado de coca já. A caminho do hostel, comprei uns ovos no mercado, e pedi o cozinheiro la do hostel para cozinhar para mim. Comi uma barra de proteína, castanha de caju e 4 ovos cozidos com Gatorade. Dormi...

A van me buscou na porta do hostel no outro dia cedo, havia duas brasileiras, ambas paulistas. Aline e Simone. Restante do grupo era de outros países. Fomos juntos conhecer a montanha Chacaltaya, localizada à 5421 metros de altitude, parte da Cordilheira dos Andes. Já foi a mais alta estação de esqui do mundo e atualmente está desativada. Fiquei encantado durante o percurso. Rever a neve, aquele friozinho gostoso, foi demais. Fomos subindo um tempão de van... Descemos e pagamos 12 bolivianos, e começamos a pequena trilha até o pico da montanha. Algo em torno de meia hora para subir e descer. Nem sentia muito frio. O trio estava formado. Bastante emoção, e ate nevou...
Fiz um amigo no caminho... um cachorrinho... e virou nosso guia. Deixou até tirar foto com ele. Ele rolava na neve, achando o máximo, certamente mais alegre que nós com a neve. Pena ter sido tão rápido. Meu celular congelou e não consegui tirar muitas fotos. Peguei a máquina e consegui bater algumas poucas fotos antes de congelar também.




Estar novamente a mais de 5000 metros, sem saber como o corpo reagiria, o coração disparando com qualquer esforço. Vai dando uma saudade imensa de voltar para lá! Estava me aclimando bem e não tomei nenhum remédio, nem passei mal. Nós três em êxtase por ter visto neve, admirar uma paisagem tão bela, e ver a cordilheira assim, de vários lados. Muito bom.

Descemos e fomos dar continuidade ao passeio... Trocamos experiências no caminho e chegamos ao Vale de la Luna. Um lugar totalmente oposto do que tínhamos acabado de ver. Parecia outro mundo, uma cratera da lua, com trilha no meio, bem semelhante ao Vale da Lua no Atacama, Chile. Parecia mais uma cena de Lord of the Rings, só faltou aparecer o Gollum ali... Nossa guia super atenciosa, correndo contra o tempo, e explicou bastante sobre as formações rochosas. Tudo diferente e um pouco quente. 

O passeio foi rápido e voltei para a cidade. Estava quase de noite e Aline me acompanhou ate o Burguer King. Me despedi delas, lanchei e fui atrás de outra agência de viagem. Fechei passeio para o dia seguinte para o Pico Áustria. Custou 400 bolivianos e valeu muito a pena. 



Meu foco principal era tentar escalar a Huayna Potosi em breve... e no hostel ganhava uma cerveja grátis por dia, entretanto, como eu não bebo cerveja, Acabei não fazendo contato com ninguém, negando uma baladinha, com sinuca, pingue-pongue, bar, DJ e preferi dormir.








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