segunda-feira, 26 de junho de 2017

Parque Nacional Iguazú - Argentina

Em 1542 o espanhol Alvar Nunes Cabeza de Vaca encontrou as cataratas e as batizou de Saltos de Santa Maria. Com o tempo, as pessoas passaram a frequentar esta maravilha da natureza. Durante o século XX com a necessidade de preservação e de querer tornar conhecidas suas quedas, criou-se o Parque Nacional Iguazú, mais precisamente em 1934, na Argentina. Existem algumas espécies de animais ameaçados de extinção por lá, como a Onça Pintada, o Puma, o Gavião Real e o Jacaré de papo amarelo. Será que eu iria conseguir ver algum deles?
Estava hospedado na pousada do Peralta em Foz do Iguaçu e depois de ter feito o passeio na Usina de Itaipu, busquei minha mochila na pousada e peguei um ônibus para a Argentina, bem do lado. Cheguei de tardezinha, começando a escurecer. Usei o aplicativo Booking para achar um albergue mais em conta e me hospedei no Hostel Uno por R$40,00 na cidade de Puerto Iguazú na Argentina. Acabei fazendo o câmbio no próprio albergue de um real para cada cinco pesos, razoável, e troquei uns R$400,00.

Deu tempo de sair de noite para jantar em um restaurante famoso, Dama Juana. Prato preferido, carne com batata frita e bebi uma garrafa de vinho quase toda, tudo só meu kkk, por $331,00. Naquele grau todo e de barriga explodindo, ainda peguei um ônibus e fui conhecer o bar de gelo, Ice Bar, bem famoso, afinal era a minha única noite ali. Estava bem tonto querendo dormir e ainda tive a capacidade de pedir para alguém tirar uma foto minha no ônibus bebendo.
Assista: https://www.youtube.com/watch?v=Alk2M0s1wD4&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=5MjRMQBxJGc&feature=youtu.be


A entrada custou $200,00 tive que esperar minha vez de entrar por mais de meia hora. Coloquei a roupa de frio que eles dão e entrei na geladeira depois de passar pela sala de aclimatação. Lá na geladeira, tudo é feito de gelo! Copos, paredes, tudo! Até boneco de gelo! A temperatura dizem ser de -10ºC. Eu tinha que tirar a luva para tirar fotos, logo meus dedos endureceram. Era open bar, eu consegui provar um drink e quase vomitei lá dentro. Eu arrotava vinho, aquela musica alta, tonto, parecia sentir ainda mais frio. Depois de uns 15 minutos eu fui o primeiro a sair, querendo meu cobertor, dormir e me esquentar. Peguei um táxi muito caro $60,00 que ainda me largou na rua errada e tive que andar até o hostel. Mas mesmo assim, foi legal conhecer aquele bar, diferente. Pelo menos consegui fazer declaração de amor para a namorada.
 

No dia seguinte bem cedinho, peguei um ônibus por $130,00 e fui para a porta do Parque Nacional Iguazú. A entrada do parque custou $250,00. O parque é bem diferente do lado brasileiro, a gente anda bem mais, o parque é maior, com mais trilhas, com mais turistas e eu andei pra caralho naquele dia. Logo depois de uma breve caminhada, chego no Centro de Visitantes Yvyrá retá. É um museu bem interessante, que mostra um pouco a diversidade de plantas, animais e as culturas que habitavam a selva, tudo auto-guiado e gratuito, cheio de fotos e alguns artefatos.

Existe um serviço de trens gratuitos até o inicio da trilha da Garganta do Diabo, uma queda em formato de U com 700 metros de comprimento, ponto final do passeio. Até chegar lá vai uma boa caminhada sobre a passarela suspensa sobre aquele imensidão de águas das cataratas e precisei desviar do pessoal que andava mais devagar.

Chegando lá fui recompensado, a brisa batia em meu rosto, refrescando... Fechei os olhos e ouvi aquele estrondo e entendi porque é a Garganta do Diabo. Mais uma vez agradeci por aquela viagem estar tão boa logo no terceiro dia. Nunca vi tanta cachoeira! Muita água, em alguns pontos fiquei ensopado. Lutei até para achar um espacinho na beirada para fotografar a cachoeira, empurrando devagarinho até conseguir...kkk

Pausa para descansar lá mesmo, comer umas castanhas, barra de cereal e água. Existem alguns passeios oferecidos no parque como a Ilha San Martin que você entra em um barco e vai até uma ilha, tem passeio de barco, que dizem ser mais emocionante que o do lado do brasil e até mais em conta. Como já havia feito o passeio de bote e rafting no lado brasileiro dois dias antes, preferi apenas caminhar no lado argentino e tentar tirar o álcool do meu corpo do vinho da noite anterior.

No parque tinham algumas trilhas também, e adivinha? Acabei fazendo todas durante o dia inteiro. Andei o dia todo, sem almoçar. As trilhas são: circuito inferior com 1400 m, circuito superior 1750m, Garganta do Diabo 1100m  trilha verde, 600m, trilha do Macuco. Parei para comprar uma água $25,00 ou R$5,00, um skini e uma empada por $65,00. 



A trilha superior vi as quedas de cima, e a parte do parque do Brasil lá distante. Era uma visão panorâmica do lado de lá, bem lindo. Muitas e muitas quedas. Ah quase esqueci! Vi até um jacaré e uma tartaruga.
Assista:
https://www.youtube.com/watch?v=Alk2M0s1wD4&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=5MjRMQBxJGc&feature=youtu.be

Parecia que não acabava nunca de andar, começou a chuviscar, senti frio, cansaço, e na parte de baixo via as quedas de baixo para cima. Vi umas cachoeirinhas.

De tarde saindo do parque vi um veadinho passando do meu lado, parque fechado com chave de ouro...
Voltando para o hostel encontrei uma placa de um hotel com nome super interessante! Hotel H&L, adivinha? Hugo e Lilian! Seria o destino conspirando a meu favor? Afinal me chamo Hugo e minha namorada Lilhian... Pena que não deu para hospedar por lá com ela. Arrumei minha mochila, fui para a rodoviária e peguei um ônibus para a Cidade do Leste, Paraguai! Até amanhã!


sexta-feira, 23 de junho de 2017

Usina Hidrelétrica Itaipu - Foz do Iguaçu

Acordei cedo no meu segundo dia de férias, tomei um café da manha reforçado no hotel e peguei um ônibus na rodovia por R$3,45 para conhecer a Usina de Itaipu. A usina fica a 12 km do centro de Foz do Iguaçu e 38 km das Cataratas do Iguaçu. Para quem nunca ouviu falar, Itaipu é uma usina hidrelétrica binacional, localizada entre o Brasil e o Paraguai, bem no meio do Rio Paraná e que produz energia elétrica para os dois países. A Usina Hidrelétrica Itaipu é uma das maiores do mundo, tanto em tamanho quanto em geração de energia
Cheguei rapidamente no complexo turístico Itaipu. Por lá existem vários passeios diferentes para fazer. Passeios com a Visita Panorâmica da usina, passeio de barco Kattamaram, o refúgio biológico, iluminação da barragem de noite... Acabei escolhendo visitar o Ecomuseu e o Circuito Especial. O primeiro foi R$6,00 meia entrada e o segundo R$76,00 mais R$16,00 do guarda-volumes. Conheceria a história para depois entrar dentro dela! Seria possível fazer uma visita panorâmica da usina e o melhor, entrar dentro da usina e ver até uma das turbinas girando! Achei o máximo! Vamos?!
Assista meu vídeo:



Logo um veículo elétrico da Fiat veio me buscar para ir ao Ecomuseu. Na entrada do museu existem vários artefatos usados antigamente, desde moinhos de cana-de-Açúcar , até pequenas escavações ... Lá dentro, um guia me abordou e começou a contar a história da usina e depois veio outro para complementar. Os dois funcionários que trabalharam na construção da usina na década de 70 até o fim me contaram a história da construção da usina. Achei o máximo, as dificuldades, amizades, uma vida entregue àquele objetivo. Me contaram também que tudo era muito bem organizado por lá, tinha até olimpíadas! Imagina, todo ano tinha campeonato de futebol por lá! Havia uma cidade só para os funcionários daquela imensidão! Passei por imagens, desde a ocupação  e preparação para a construção da usina, descobri que elas acabaram inundando as cachoeiras das sete quedas, que eram muito maiores que as Cataratas do Iguaçu, vi uma maquete gigante da região, uma réplica do eixo da turbina, caminhões gigantes no pátio do lado de fora, e muito mais...



A barragem começou a ser construída em 1975, com a fundação da Itaipu Binacional, uma empresa criada pelo Brasil e Paraguai para a construção da usina. Foram necessários 40.000 pessoas para a construção da usina. Possui 7.919 metros de extensão e 196 metros de altura, o equivalente a um prédio de 65 andares. Assista meu vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=v7GbS1UgLVo&feature=youtu.be



É considerada uma das 7 maravilhas da engenharia moderna e a maior usina de hidrelétrica do mundo em geração de energia limpa e renovável. O volume de concreto usado na construção da usina seria suficiente para construir 210 estádios do Maracanã.




O carro elétrico me buscou e levou de volta para a entrada da usina, chegava a hora de adentrar aquela imensidão criada pelo homem. Só é permitido a entrada com sapatos fechados, calça abaixo do joelho, proibido entrar com bolsas e mochilas, sendo necessário colocar todo o resto de apetrechos no guarda volume. O circuito especial vai mostrar mas a fundo a historia da usina, a grandiosidade dos equipamentos tecnológicos e como é o processo de geração de energia ininterrupta. Minha turma estava repleta de turistas da terceira idade, super empolgados com o passeio, tinha gente até em lua de mel! Achei o máximo!

Paramos no Mirante Central, onde vi a barragem e o vertedouro, pena que ele abre muito pouco, quando o volume de água represada está muito alto. Depois fomos para a Estação de Barragem, pausa para fotos nos condutos por onde escoam até 700 mil litros de água por segundo. Depois fomos na Catedral entrando no interior da barragem, que arquitetura côncava. Entrei dentro das salas de concreto, nas unidades geradoras, e cheguei no ápice: o eixo de uma turbina em atividade gerando energia! Que barulho alto!!


Vi a sala de comando central, o guia explicou aquele tanto de números, volume água, produção de energia e mais um milhão de coisas. A última turbina da usina foi instalada apenas em 2007. A vazão de cada uma das turbinas é de 700 metros cúbicos por segundo, não sei nem quanto significa isso, mas dizem que é a metade da vazão média das cataratas do Iguaçu, ou seja muita água.
No fim do dia, voltei no hostel peguei um ônibus e fui direto para Puerto Iguaçu, cidade na Argentina. Iria conhecer as Cataratas agora do lado Argentino! Até breve!