domingo, 13 de dezembro de 2015

Mais um salto duplo de paraquedas!! Vamos?

Você que não saltou de para-quedas e ainda está criando coragem, vamos saltar? Hoje eu ouvi a seguinte frase do paraquedista Junior depois que saltamos: "Quem nunca saltou jamais entenderá a sensação e quem saltou jamais conseguirá descrevê-la".

Sabe aquela sensação que só se sente quando está lá em cima? Bem, é mais ou menos isso... Hoje acabo de fazer meu segundo salto duplo de para-quedas e a sensação de voar ainda é difícil explicar. Êxtase no momento da queda livre, estava a 200 km/h e depois uma euforia por voar. Sim, voar! EU gritei, gritei e ninguém ouvia. A câmera capturou tudo. Adrenalina lá em cima. Me senti vivo, simplesmente feliz. Não tem como descrever!

A adrenalina me fascina cada vez mais, e lá em cima, ela vem com tudo! Coração acelerado, respiração um pouco ofegante. Medo? Nenhum. Talvez seja um vício a questão de sentir adrenalina e será por isso talvez que os paraquedistas querem saltar mais e mais? Seria esse mais o caminho? Querer sempre saltar?? O fato de querer me sentir de alguma forma mais vivo, um pouco em perigo, de às vezes buscar algo mais radical, seria de relembrar esta sensação? 





Confesso que realmente ainda não sei dizer, mas que é extremamente bom! E se você que tem vontade de saltar, mas que só falta coragem, pode ir. É bastante seguro quando se faz com uma empresa de confiança, além de ser um esporte que não ocorre acidentes há muitos anos. Aventuras e experiências assim serão eternamente lembradas de alguma forma, e eu tenho agora mais essa para contar e relembrar. O meu planejamento de saltar uma vez por ano vem dando certo. O leque de aventuras e a coragem só aumentam! Porque não aumentar a quantidade de vezes saltando?

Bem, foram 30 min de subida de avião, chegando a 3.000 metros ou 10.000 pés, talvez uns 20 s de queda livre e acho que 4, 5 min com para-quedas aberto. Acabei pilotando o para-quedas um pouco, e o momento do pouso é bem fácil, só levantar a perna, pousamos sentados. No chão rapidamente aquela sensação de êxtase e euforia vai sendo tomada por bem-estar e relaxamento. Foi me dando um sono pesado. Senti vontade de dormir, mas ainda precisei dirigir de volta a Goiânia. Comi duas paçocas, agradeci a Deus por ter dado tudo certo e peguei a estrada.

Assista em:


Saltei com a empresa Mergulho no Céu: http://www.mergulhonoceu.com.br/ , o sr. Hélio me atendeu super bem nos dois saltos. O local é em Anápolis, próximo ao aeroporto. Enfim, se não saltou, espero tê-lo encorajado a descobrir como é saltar.


Cheguei na Bolívia mas e agora o que fazer? Sta Cruz de la Sierra e Samaipata

Cheguei na parte da tarde em Santa Cruz de La Sierra, depois de escala em São Paulo. Estava sozinho, sem falar inglês, muito menos espanhol. Uma certa insegurança. Um livrinho de bolso de como aprender espanhol para me acompanhar é meu único companheiro... cheguei no aeroporto mas e agora? O que fazer?!? Para que lado ir?

Bem, eu já havia escolhido algumas cidades da Bolívia que queria conhecer, e os passeios que mais me chamaram a atenção. Escolhi montanhas e passeios como a estrada da morte, a mina Potosi, o mais básico e simples possível... Por acaso, na fila da imigração, acabei conhecendo uma brasileira, que coincidência ou não, iria fazer um roteiro parecido com o meu. Encontramos mais um brasileiro perdido no voo e acabamos ficando amigos. Fiz um pouco de câmbio por Bolivianos apenas para o primeiro dia no aeroporto. Estava caro, na época o real estava muito desvalorizado, uma media de R$1,00 por Bs1,70 e me juntei a Carolina e Renato, uma carioca e um paulista. Equipe formada. Acontece que eu não tinha internet, muito menos hotel reservado pelo Hostelworld ou pelo Booking, aplicativos que facilitam na reserva do albergue. Rachamos um táxi e acabei indo para o Hostel Backpacker com Carolina. Era um quarto compartilhado com banheiro, muito bom, preço um pouco salgado, 80 bolivianos a diária, incluso café da manhã. Fui um pouco na piscina, tomei um banho, descansei e sai com Carol para dar uma volta na cidade e jantar.

No caminho tiramos muitas fotos, super empolgado com o primeiro dia de viagem em um país novo! Jantei um sanduíche com batata frita em um restaurante em frente à Praça 24 de setembro, 3º andar, não lembro como chamava, porém tinha a vista linda! Bem em frente à Catedral Basílica.

Passeamos na praça e havia uns bolivianos vendendo leite e café. Eles se vestem como estátuas. Confesso que não tive coragem de beber o café, pois era o primeiro dia de viagem, eu ainda cheio de manhas e frescuras, ainda não estava preparado para beber um café assim... no meio da praça. Engraçado que depois de 15 dias eu já estava comendo de tudo! Hoje, se pudesse voltar atrás, eu teria bebido sim o café com leite deles sem frescuras!


Santa Cruz é uma cidade muito grande, e como não tinha intenção de passar mais que uma noite, não havia programado nada, apenas um passeio pela praça principal. No outro dia cedo fui com Carol comprar passagem de avião para Sucre, e só encontramos para o próximo dia. Custou $44, bem caro e pela companhia Ecojet. Mas evitamos a estrada mais perigosa da Bolívia, que vai de Santa Cruz a Sucre, além de muitas horas economizadas de ônibus. 

Passei um pouco pelas praças, tirei fotos com tanque de guerra de verdade, helicóptero, achei o máximo! Eles ficavam bem no meio da praça. Fiquei encantado em ver que era de verdade!


Havia uma Norueguesa no hostel, seu nome era Marit e ela entendia um pouco meu portunhol! Resolvemos fazer um bate volta em umas ruínas numa cidade próxima... Samaipata, uma cidade pequena à 120 km de Sta Cruz, onde antigamente existiam civilizações pré-colombianas. Demoramos mais de hora para encontrar uma van para nos levar à cidade. Todas as 20 pessoas que perguntamos, nos passaram informações diferentes, e acabamos andando em círculo bastante tempo. A viagem foi longa e cansativa, estrada cheia de curvas. 

Em Samaipata acabei descobrindo o balneário Cuevas, a 19 km e fomos conferir antes de ir no Forte de Samaipata! Uma pequena trilha, duas belas cachoeiras, e ainda deu tempo de dar um mergulho!! É uma trilha pequena mas bem legal! Bastante nativo nas cachoeiras. Já estava encantado com o país!

Como eu adoro trilha! O fato de cansar, de poder suar, de caminhar no mato, de contemplar a paisagem, paisagens estas que não estou acostumado no dia-a-dia! Aquela sensação de ser livre, talvez pelo fato de passar o dia trabalhando em frente ao computador, não sei explicar. Repito, como eu adoro trilha! Poder desfrutar da natureza não tem preço! Tinha esquecido a sunga e entrei na cachoeira de cueca mesmo.
Nosso taxista era muito gente boa, porém extremamente barbeiro! Não tinha medo de nada, quase bateu o carro umas três vezes, sendo que uma delas eu filmei! Além do risco, ele ficava rindo nas ultrapassagens perigosas. E o pior, era tudo normal para ele! Ele era um motorista normal e devia estar distraído com a gente... não sei, mas achei massa correr um pouco de perigo! No fim deu tudo certo. Sobrevivemos e ainda apareceu um pavão na estrada.

Pagamos 50 bolivianos para entrar no sítio arqueológico Forte Samaipata, passamos pelo Templo de las sacristias, um monte de pedras, ruínas, com imagem de um jaguar e um puma esculpidos na pedra. Não havia nenhum guia explicando durante o percurso e podíamos andar a vontade. Bastante simples a ruína e a imaginação fica a todo vapor nessa hora.

O segundo dia foi maravilhoso! Cachoeira e Ruínas! Voltamos para Santa Cruz e fomos jantar novamente na praça 24 de setembro. Comi almôndega de carne com batata frita e dois sucos de morango no Pub Estacion Rock, 2º andar em frente a praça principal.

Voltando para o hostel acabei passando um susto! Tivemos que andar umas 8 quadras às 11 hrs da noite em uma cidade desconhecida. Dois bolivianos e uma mulher com uma criança estava seguindo a gente. Dois de cada lado da rua. Comecei a andar mais rápido. A criança não parava de sorrir para mim, e por algum motivo não parei. O cara atravessou a rua, acendeu um cigarro do meu lado, olhou na minha cara e eu já estava preparado pra meter o bastão de caminhada nele, dai ele do nada parou e ficou para trás. Foi a única hora da viagem que achei que poderia perder minha camelbak. Bem, foi só um susto! Será que ele ficou com medo de mim? kkkk

Chegamos bem no hostel e capotei. No outro dia cedo fui com a Carol para o aeroporto e pegamos vôo da Ecojet. Em uma hora de vôo estaríamos em Sucre! Link: https://www.youtube.com/watch?v=PLRWH0J8_Hw dos videos de lá.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Como preparar a mala? A caminho da Bolívia!

16.10.2015 - Goiânia
Ah duvida me surgiu logo a noite quando decidi arrumar a mala para meu primeiro mochilão com destino a Bolívia. Fui arrumar a mala e me perguntava coisas do tipo: o que levar na mochila? Quantas Roupas? Remédios? Se iria caber tudo? Quantas cuecas? Confesso que a dúvida veio com tudo, e até por a mão na massa a ansiedade foi grande. Ansioso demais tentando calcular o que realmente era necessário, já que passaria um mês mochilando...  Depois de passar em algumas farmácias e varias vezes ir na Decathlon, sem contar o monte de relatos lidos... o resultado:

- 2 blusas segunda pele;
- 1 calça segunda pele de ciclista;
- 1 fleece e 1 calça de moletom;
- 1 capa de chuva;
- 1 balaclava;
- 2 luvas sendo uma de lã e uma de esqui;
- 12 cuecas;
- 2 calças de caminhada;
- 7 meias e 2 meias de futebol;
- 2 toalhas sendo 1 de rosto e 1 de banho;
- 9 camisas sendo 1 sem manga;
- 2 bermudas e 2 shorts;
- 1 blusas de frio;
- 1 chinelo;
- 1 bota impermeável de caminhada (que já fui com ela no pé);
- 2 gorros de frio;
- 1 bastão de trekking;
- 1 kit com sabão, shampoo, condicionador, escova de dente, fio dental, bucha, tudo pequeno.


Já os remédios que levei foram:
- 1 pra dor de barriga (enterogermina);
- 1 pra dor, febre (paracetamol);
- 1 pra desidratação (registar);
- 1 pra altitude (diamox);
- 1 vitamina c;
- 1 para o dor de estômago (omeprazol);
- 1 para dor de cabeça (neosaldina);
- 1 caixa de barra de proteína;
- 1 caixa de barra de cereal;
- 2 caixas de carboidrato em gel,
- 1 repelente em creme,
- 1 caixinha de band-aid.

Não levei saco de dormir. Levei uma mochila sessenta litros quechua, uma camelbak sem a parte de água. Na mochila camelbak estavam todos apetrechos, um livrinho de como falar espanhol, duas câmeras fotográficas sendo uma a prova d'Água, um celular, carteira, pau de self, passaporte, barrinhas de cereal, água, carregador, e umas castanhas de caju. Acabei esquecendo o protetor solar e o cacau, que até eu comprar depois de pegar muito sol, fez muita falta. Habilitei os cartões de crédito inclusive para saque fora do país, e o seguro de vida do cartão Infinite. Levei quatro mil reiais em espécie. Tudo pronto. Só partir!! O meu vôo para a Bolívia foi às 8:05 h e praticamente não dormi. Da última vez no início do ano eu havia perdido esse mesmo voo por causa de um engarrafamento de trânsito em Goiânia. Acabei indo para Santa Fé, uma boate sertanejo aqui em Goiânia, virando a noite e dormindo apenas no avião durante a viagem. Vamos conhecer a Bolívia!?





















quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Apresentação do blog. Vem uma nova história por aí!

Boa noite caros leitores. Antes de mais nada gostaria de me apresentar. Tenho 26 anos, trabalho em um banco, fiz o curso de administração e estou terminado o curso de ciências contábeis. Eu vivo buscando conhecer lugares novos quando tenho tempo, apesar de ser completamente diferente do meu emprego e da minha área de formação. Assim, resolvi mudar um pouco o hábito hoje, em vez de sair para a balada, inicio o dia, ou melhor, a madrugada escrevendo sobre minha última viagem.

Inicio este blog escrevendo sobre meu segundo mochilão, onde passei um mês entre a Bolívia e o Peru. Por aqui encontrarão um relato cheio de detalhes, dicas e até mesmo confissões. Histórias bizarras, inacreditáveis! Relatos de superação e descobertas! Espero encorajar você caro leitor a sair da zona de conforto, a levantar do sofá e quem sabe, desbravar o mundo. Meu desejo é que um dia você possa conhecer novos lugares, novas culturas. Espero levá-los a lugares que um dia me surpreendi, lugares reais, lugares onde pude me sentir vivo! Quanto mais lugares conheço, mais eu entendo que ainda tenho muito mais a desbravar.

Enfim, espero que façam uma boa viagem! Bem vindos ao meu blog Hugo Leite por ai! Viajar é viver intensamente e evoluir. Mova-se! Pé na estrada! O mundo tem muito a nos mostrar!