sábado, 4 de junho de 2016

Vale Sagrado - Pisac, Ollantaytambo, Chichero, Moray, Maras, Sacsahuman, Kenko, Tamomachay - Peru

Acordei cedinho, tomei café da manha, muito pão, café com leite, barra de cereal, barra de proteína, castanha de caju. Entupi a mochila com bastante comida, água para o dia todo. Logo Hebert, um boliviano que vive em Cusco e dono da agência New Wonders, foi me buscar no hostel e deixar com o grupo que faria o passeio durante o dia pelo Vale Sagrado dos Incas.

O Vale Sagrado é uma região do Peru conhecida no mundo inteiro pela quantidade de sítios arqueológicos e ruínas da cultura Inca, abrange vários rios que descem para pequenos vales. O melhor milho do Peru vem dessa região.

Assista meu vídeo em:
Havia bastante gente, muitas excursões de turismo por lá. Fui em uma feirinha com o grupo, e pude tirar mais fotos com uma Lhama. Já da para montar um álbum de coleção só com esses animais! Cheguei em Pisac, um povoado onde existe um sítio arqueológico bem legal. Os guias explicavam tudo, pude observar o Intiwatana ou relógio solar, os canais de água e construções da nobreza inca. Me senti em um castelo do senhor dos anéis, em uma daquelas fortalezas de pedra, pronto para uma batalha! Achei o máximo! Tirei foto o tempo inteiro.
Paramos em um povoado chamado Urubamba para almoçar a comida tipica da região, ceviche, salada, e em seguida fui conhecer a fortaleza de Ollantaytambo. Uma lugar enorme, uma fortaleza feita no alto na lateral da montanha. A única cidade da era inca ainda habitada. Com canais de água do período incaico.
Uma fortaleza de um lado e do outro lado um povoado. Achei o máximo andar nas ruínas, imaginando como foi o auge dessa cultura. Interessante que algumas das rochas utilizadas na construção da fortaleza só são encontradas muito longe dali. Não é incrível!?

Assista meu vídeo em:

Segui para o povoado de Chinchero, vi as artesãs fazerem uma demonstração de como é tingido os tecidos, usando substâncias nativas da região, bem legal. Os espanhóis aproveitaram as construções incas para servir de base para suas casas. Conheci também a igreja da Virgem da Natividade de Chinchero, construída sobre fundações inca. Percebe-se que existe uma mistura da cultura dos incas com o catolicismo com a chegada dos espanhóis, pode-se observar pelas gravuras incas na arquitetura das igrejas.
Voltei para Cusco de noite e acabei trocando de hostel. Apesar de estar um pouco cansado, fui para o Wild Rover, um hostel que tem um pub bem badalado, que custou algo entre 30 soles a diária. Tomei um banho, e fui para o bar do hostel, beber e jantar. Só eu de brasileiro, fiz algumas amizades, conversei um pouco de portunhol e pelejei no inglês. Tinha gente do mundo inteiro. Joguei sinuca e logo o povo começou a ficar bêbado. 
Contando assim parece coisa de filme e de cinema. Só quem for lá para me entender... Logo engatei no Sex on the Beach, eu e o povo começou a ficar tudo bêbado. As funcionárias viravam garrafas de bebida na minha boca, acho que era run, sei lá. Depois as pessoas começaram a subir nas mesas, pintaram meu rosto e a festa começou. Tinha um até fazendo barra lá no bar. Essas festas no hostel existe todos os dias. Uma cena do American Pie!
De madrugada expulsaram a gente. Desligou-se o som, a galera inclusive eu, foi do hostel direto para uma van e parar uma boate, The Temple. Os hospedes ganham entrada free para essa boate, e a balada foi ate de manhã. 

Fui comer um sanduíche com uma peruana lá que eu nem lembro mais o nome ja amanhecendo. Lá vai eu... bêbado, andando nas ruas de Cusco, o sol raiando e eu tentando achar o hostel, perguntando pro povo onde que era o Wild Rover. 

Tomei um banho, e tinha passeio para o restante do Vale Sagrado. Fui para o local de partida do grupo em uma praça no centro de Cusco e tomei café da manhã no ônibus. 

Segui ressaqueado para as ruínas de Moray, um dos lugares mais interessantes que achei, cheio de terraços, tudo em círculo por lá. Aqui os incas testavam sementes e o solo, havia inúmeras qualidades de batatas plantadas em microclimas diferentes. Os incas consideravam essa área o umbigo do mundo, lá tem uma vibe muito louca. Parecia um local de pouso de extraterrestres rsrsrsrssr.

De lá seguimos para as Salinas de Maras, uma lugar onde o povo peruano passou a produzir sal, tudo bem primitivo e artesanal, através da água salgada que vem de uma montanha próxima, represando a água e fabricando sal em Maras. Custou uns 10 soles a entrada. Entro e vejo um terraço na beira de uma montanha, cheia de quadradinhos com água e sal. Cada poço produz 300 kg de sal por mês e eu pude passear entre um poço e outro!
Levei quase 10 kg de sal pra casa, por 15 soles, sal rosa, sal com coca, sal com um monte de tempero diferente que aqui no Brasil é bastante caro. Voltei para Cusco e como havia combinado previamente com Hebert dono da New Wonders, consegui encaixar outro passeio em seguida, não deu tempo de fazer nada, só trocar de ônibus, e ir com outro grupo para outro sítio!
Ruínas de Sacsahuman era uma fortaleza inca com pedras enormes. É possível ver apenas 20% do que era a fortaleza, e ninguém sabe como essas pedras foram cortadas e transportadas para lá. Acredita-se que mais de 20.000 homens trabalharam na construção e demorou mais de 100 anos para ficar pronta. Encontrei dois paulistas por lá. Em junho existe uma festa ao deus sol, e fica lotado de gente fantasiada dentro dessa fortaleza.

Fomos para outro centro arqueológico rapidamente, Kenko, um labirinto entre as pedras e galerias subterrâneas. Era um local de rituais, talvez de sacrifício ou adoração, ou uma tumba.

Seguimos para Tamomachay, um sitio arqueológico destinado ao culto da água, conhecido como "banhos dos incas". Uma série de aquedutos e cascatas que fluem até hoje por ali. Engraçado que a tecnologia usada era tamanha que as piscinas não transbordam pois independente do volume de água, sempre cai o mesmo tanto de água.

Estava anoitecendo... bastante cansado... eu ali... em uma ruína inca... meditando sobre a vida... desfrutando de um lugar maravilhoso, uma paisagem fenomenal, apreciando o por do sol. Tudo lindo por la. 

Voltei para Cusco refletindo no tanto de lugares maravilhosos que existe por ali. Que cultura incrível e desenvolvida eram incas, foi um passeio fenomenal. 







Voltei para Cusco, comi um Mc Donalds, fui na agência do Hebert e fechei o pacote para Machu Picchu por $300,00, para o dia seguinte. Um passeio de 4 dias, indicado pelo meu amigo Curu que já havia feito e recomendado. Um passeio passando por várias cidades, fazendo rafting, tirolesa, bicicleta, e muita trilha!! Tudo isso com destino a um dos lugares mais misteriosos da humanidade: Machu Picchu! Até a próxima!
Assista meu vídeo em:

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