sexta-feira, 2 de junho de 2017

Colonia del Sacramento - Uruguai

O ônibus me custou $U 323,00 de Montevidéu até Colônia do Sacramento. Cheguei de noite, caminhei sozinho pelas ruas escuras até encontrar o hostel El Viajero, foram quase $U 300,00 para passar a noite. Tomei um banho e saí quase meia noite para dar uma volta e procurar algum lugar para comer, estava morrendo de fome.

Colônia do Sacramento fica a 177 km de Montevidéu e a uma hora de barco de Buenos Aires. A cidade surgiu em 1689 e foi muito disputada por Portugal e Espanha até o Uruguai se tornar um país independente. As casas são típicas portuguesas, com paredes de pedras maciça e telhados de quatro águas.

Um dos únicos lugares abertos era um restaurante chique, parecia famoso, chamado Meson de la Plata. Pedi um vinho e um fondue de queijo. Tinha um músico cantando músicas típicas do Uruguai e da Argentina. Conheci uma senhora chamada Ana Domínguez que estava na mesa do lado da minha e bebendo sozinha como eu. Fizemos amizade, ela me contou que era do México e os motivos de sua viagem ao Uruguai. Disse que estava tirando um tempo para ela, afinal havia sofrido algumas perdas recentemente e viajar foi uma das alternativas encontradas. Adorei sua história de vida. Ficamos conversando até o bar fechar e as garrafas de vinho secarem...
Assista:
https://www.youtube.com/watch?v=3L0D6Q9j8ZE


Minha conta deu $U 850,00 e passei no cartão de credito.  Eu, levemente alterado, ainda assim, consegui caminhar junto com Ana e deixá-la a salvo em seu hotel. Depois fui para o meu dormir, de barriga cheia e bem tonto.

No outro dia cedo, me aventuro a caminhar pela cidadezinha, era inverno, tudo bem frio, poucos turistas e um vento gelado. A parte histórica lembra a cidade de Pirenópolis no estado de Goiás, Brasil, cheia de paralelepípedos e casas antigas. Passei no centro de informações aos turistas, peguei uma mapa da cidade, comprei água por $U 40,00 e fui passear.

Pedi informação para uma moça sentada na escada, que estava com a mente longe, olhando para aquele horizonte que mais parecia um mar do que um lago. Descubro que ela era brasileira! Seu nome era Natália, enfermeira paulista, e estava por lá mochilando. Acabei me juntando a ela para conhecer a parte histórica da cidade e acabamos indo naquele mesmo dia de tarde para Buenos Aires.


Tiramos fotos na praia da cidade, nos carros antigos espalhados, nas ruínas do do Convento São Francisco, na Basílica  do Santíssimo Sacramento e no farol.









Almoçamos por lá mesmo, não me lembro o nome do restaurante, mas lembro que custou $u 390,00 e até a Ana apareceu por lá! A comida estava bem boa apesar de não colocarem sal na comida. Acabei não indo na  Praça de Touros, um lugar bem famoso por lá.

Fomos ainda na Calle de los Suspiros ou Rua dos Suspiros, uma rua famosa por lá, com casas portuguesas e espanholas misturadas, dizem que era a rua da prostituição. Outros dizem que era a rua por onde os escravos passavam por último antes de serem mortos! Que tristeza, a rua da dor! A parte mais interessante que achei foi a fortificação da cidade, com sua muralha, restos do fosso e a quantidade de pedras ali no portão de entrada da cidade.

Por fim, compramos passagem de barco para Argentina $U 618,00 ou R$80,00 e chegamos no entardecer... 

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